quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Carpe diem


A menina acorda mais cedo, lava seu rosto e limpa os resíduos deixados pelas lágrimas derramadas por quase toda a noite. Ela colore suas unhas como se estivesse colorindo sua alma. Ela passa um batom que realce o seu sorriso, e ela sorri. E por incrível que pareça, esse sorriso foi de verdade, nada de máscaras, ela já se cansou de disfarces, cansou de primaveras em meio ao inverno e de arco íris no meio da chuva. Ela não sente dor, não sente ódio, não sente amor, ela não sente mais nada.

Amanda K. Abreu




É preciso saber viver


Às vezes me pego pensando nas coisas da vida. Nos sentimentos deixados para trás, nas pessoas que ficaram no passado, nas fotografias que perderam o sentido, na chuva que cai lá fora, enquanto lágrimas são derramadas nos devaneios no meio da noite. De certa forma é como se eu pudesse flutuar, feito um anjo ou algo macabro ansiando por liberdade. Liberdade ao pensar, ao agir, ao amar. As noites frias servem de reflexão e os dias quentes, para que servem? O calor desgasta o corpo que está cansado de buscar por amores imortais, pessoas especiais e quem sabe um guarda roupa que o leve para Nárnia ou um menino que saiba voar, e o leve para a Terra do Nunca. As coisas vêm perdendo o sentido, as palavras perdem a voz, não há quem saiba interpretar com clareza todos os sentimentos, o sol de outrora era mais bonito que o sol que hoje se põe. O céu de quem ama é mais azul de quem vive na solidão. Novamente eu digo que não há quem saiba interpretar com clareza todos os sentimentos existentes, ou inexistentes. Então, qual seria o segredo da vida? Qual seria a razão por estarmos onde estamos, de amar o que amamos e chorar pelo o que choramos? Não há razão, não há segredos, viver já é o suficiente. 

Amanda K. Abreu


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Aprendendo a ser feliz


Sabe quando você sente em si aquela sensação de paz, transbordando dentro de ti, a ponto de rasgar-se o peito de felicidade, de querer chorar por uma alegria inexplicável? Então, é bom saber que apesar dos pesares, a vida continua a me surpreender, sempre com borboletas pousando em minha janela, caixinhas de felicidade no portão de minha casa. É tão boa a sensação de olhar pra Deus e ver que Ele também está olhando pra você. Descobri que a melhor felicidade é aquela que você sente sem um motivo certo, aquela felicidade repentina e duradoura que aquece o coração frio, a ponto de fazê-lo derreter.
Sorria pra vida, dê um tapa na cara do pessimismo, e prossiga. Se por um acaso surgir em sua frente um abismo, crie asas e aprenda a voar. A vida é melhor do que os nossos olhos podem ver, você é maior do que as pessoas conseguem enxergar.



- Amanda K. Abreu