sexta-feira, 4 de maio de 2012

apenas olhares

Foi em uma manhã de novembro que tudo aconteceu, olhares se cruzaram, uma, duas, cerca de três vezes. Tudo parecia normal de mais, afinal quem nunca cruzou o olhar com alguém que por um acaso qualquer estava na sua frente? Passaram-se um, dois, cerca de três dias e em um sonho qualquer o tal olhar reapareceu, o olhar tinha um nome e ela percebeu.
As manhãs, as tardes e as noites foram se passando, e ali estavam os olhares, se cruzando, se cruzando. Parecia ser algo forte e ao mesmo tempo incerto, os olhares que nunca falavam nada começaram a pronunciar suas primeiras palavras, que foram ditas com o fechar dos lábios e o fixar dos olhos.
Sonhos constantes, estando ainda acordada, era o que ela tinha, o amor em um sonho e mais nada.
Dias e noites se passaram, os olhares ainda se cruzavam, a sensação de desafio aumentava, adrenalina, vontade de desvendar os mistérios que ali existiam, tudo foi muito rápido, tudo foi muito intenso, tudo não passou de olhares.
Eles ainda não se tocaram, e nem sei se isso será possível, quem sabe em um momento qualquer nos próximos capítulos da vida.


E ela no fundo sabia que sentia algo bem forte por ele, ele fingia que não sabia sentir.

Amanda K. Abreu

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