sexta-feira, 30 de março de 2012

como um dia comum

E eu acordei de repente com aquela sensação de que esse meu dia não seria como os outros, mas por outro lado tudo sempre ocorreu tão normalmente que não levei a sensação a sério.
Okay, já havia se passado quarenta minutos desde o momento que acordei, nada de anormal, nenhum meteoro havia caído, um príncipe ainda não apareceu com seu cavalo branco em minha janela e o café tomado pela manhã ainda tinha gosto de café. E a bendita sensação permanecia, me senti tão diferente, e tenho certeza que não foi uma simples mudança de visual que causou isso e nem o fato de ter completado os benditos 18 anos, eu ainda sou bem eu, mas com uma pitada de um tempero desconhecido. Pronto, já havia se passado mais duas horas desde o momento que acordei e eu ainda não tinha recebido a visita de um extraterrestre, não havia ganhado na mega sena e o meu sofá ainda era o mesmo. Tudo continuava tranquilamente normal, menos aquela sensação esquisita dentro de mim, what the fuck? (não devia está dizendo isso, mas lembrei de repente da minha amiga que por algum acaso havia me mostrado uma música com algo do tipo), mas voltemos, o tempo foi se passando, eu saí de casa, andei pelas ruas e tudo acontecia normalmente, olhares curiosos, barulhos irritantes, cantadas idiotas, mas a estranha sensação ainda permanecia e permanece, agora estou aqui postando um texto normal, mas com o bendito do sentimento de vazio, medo, culpa, felicidade e dúvidas dentro de mim.
Nada de anormal ainda aconteceu, mas sei que estar por vir, enquanto isso eu fico aqui aguardando o príncipe na janela, uma árvore de dinheiro no meu quintal, umas passagens pra viajar pra lua e quem sabe um amor novinho em folha.
 
"Já se perdeu, ficou pra trás
Como um dia comum" Detonautas


Amanda K. Abreu

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